• Sobre Nós
  • Revistas
  • Blog 2
  • Podcast
  • FAQ
  • Contato
  • Pesquisar
  • Sobre Nós
  • Revistas
  • Blog 2
  • Podcast
  • FAQ
  • Contato
  • Pesquisar

Revistas Edição 87

Piscina e Saúde


PREVINA-SE CONTRA O CÂNCER DE PELE
Neoplasia responde por 33% de todos os diagnósticos de tumores no Brasil, mas é simples diminuir o risco
 
 
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) registra, a cada ano, aproximadamente 185 mil novos casos de câncer de pele no Brasil. Deste total, a maior parte é de câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum, que deverá registrar 177 mil casos a cada ano de 2020 a 2022. Embora seja a neoplasia de pele de menor letalidade, se não for tratada adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas. Já o melanoma é o tipo menos frequente, porém, o que tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de câncer de pele traga medo e apreensão, as chances de cura são altas na maioria dos casos quando há detecção precoce.
 
A doença é mais comum em pessoas com mais de 40 anos de idade, de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar dessa neoplasia ou com doenças de pele prévias. Esses tumores também estão relacionados a alguns fatores de risco, e a exposição à radiação ultravioleta (UV) é o maior deles. Por isso, quem trabalha sob exposição direta ao sol todos os dias – como os tratadores de piscinas – deve estar sempre muito atento. 
 
O médico dermatologista Renato Bakos, coordenador do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), lembra que o risco inicial da exposição ao sol é na forma de queimaduras. Porém, o efeito cumulativo pode levar ao surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e tumores benignos ou malignos.  “Os fatores de risco para câncer de pele incluem predisposição individual e fatores ambientais, e o mais reconhecido é o acúmulo de queimaduras solares. Para evitar esse efeito cumulativo é fundamental manter a pele sempre muito bem protegida, com uso de protetor solar ou com proteção física”, orienta.
 
No caso dos tratadores de piscinas, que ficam expostos ao sol por mais de oito horas por dia, é fundamental usarem filtro solar nas áreas desprotegidas e reaplicarem a cada duas horas, aproximadamente. Outra dica do dermatologista é usar protetores ­físicos, como calças, camisetas de manga longa – preferencialmente com fator UV – e chapéus ou bonés, para deixar menos áreas expostas ao sol.
 
 
 
TIPOS DIFERENTES, MESMA ATENÇÃO
 
 
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, e os diferentes tipos de tumor são definidos de acordo com as células afetadas. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e espinocelulares, que podem ser curados se a detecção for precoce. O melanoma é o tipo mais agressivo e mais letal, com pior prognóstico e que causa média de 8,4 mil casos anualmente. A Sociedade Brasileira de Dermatologia ressalta a importância de observar a própria pele constantemente e procurar imediatamente um dermatologista caso qualquer lesão suspeita seja detectada.
 
 
CARCINOMA BASOCELULAR (CBC)
 
  • Surge de células da epiderme (camada mais superficial da pele) e atinge principalmente as regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. 
  • Importante estar atendo a lesões róseas ou avermelhadas que viram feridas ou formam crostas repetidamente ao mínimo toque, como passar uma toalha na área da lesão. 
  • Certas manifestações cutâneas, como eczema ou psoríase, podem se assemelhar a lesões cancerígenas, mas só um médico especialista pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada.
 
 
CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC)
 
  • Segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer, manifesta-se nas células escamosas que constituem a maior parte das camadas superiores da pele e pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas mais expostas ao sol. 
  • ​Em alguns casos, está associado a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a agentes químicos ou radiação. 
  • Duas vezes mais frequente em homens, costuma ter coloração avermelhada e se apresenta na forma de machucados ou feridas espessas e descamativas, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Também pode ter aparência similar a verrugas.
 
 
MELANOMA
 
  • Em geral, tem origem nas células que produzem melanina (melanócitos), pigmento que dá cor à pele.
  • Normalmente surge nas áreas mais expostas ao sol e tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos e que mudam de cor, formato ou tamanho e podem sangrar. 
  • As lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas, mas são mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens; e no pescoço e rosto em ambos os sexos. 
  • Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando expostas ao sol têm mais risco, embora indivíduos de fototipos mais altos ou pele negra também possam desenvolver a doença mais raramente. 
  • Em estágios iniciais, o tumor se desenvolve na camada superficial da pele, o que facilita a remoção e cura. 
  • Nos estágios mais avançados é mais profundo e espesso, aumentando a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminuindo as possibilidades de cura.
 
 
TODO CUIDADO É POUCO
 
O tratador de piscinas Marcelo de Jesus Santana, de 41 anos, que atua desde 1997 na região de Interlagos, em São Paulo, utiliza camiseta com proteção UV e boné para atender seus quase 60 clientes – assim como a esposa, a mãe, o cunhado e o sobrinho, com idades de 18 a 65 anos, que fazem parte da equipe da MJS Piscinas. “No começo deste ano passamos a usar as camisetas com proteção UV de manga longa diariamente para evitar o risco do sol para a pele. Minha esposa também utiliza o bloqueador solar no rosto e minha mãe opta pelo chapéu pescador, que protege o pescoço”, conta. 
 
Marcelo trabalha em média 12 horas por dia, de terça a sexta-feira, e nunca teve nenhum problema cutâneo, mas já ouviu relatos de tratadores que tiveram câncer de pele. “Durante muito tempo não usei nenhum protetor, até porque sou alérgico. Hoje, sou mais consciente dos riscos. Como trocamos muitas informações em grupos de mensagens, até mesmo de outros países, sabemos que o câncer de pele é muito perigoso”, detalha. O médico Renato Barkos explica que pessoas alérgicas a alguns componentes das fórmulas de protetores e bloqueadores solares que optarem pelo uso de roupas, chapéus e bonés já terão uma proteção bastante suficiente nas áreas que ficam protegidas. 
O tratador de piscinas Enilton Rodrigues de Lima (conhecido co­mo Tuniko), mora em Governador Valadares, Minas Gerais, onde a temperatura pode atingir 40ºC em alguns períodos do ano. Profissional da área desde 1999, Tuniko utilizava camiseta de manga longa para trabalhar e, mais recentemente, aderiu ao bloqueador solar fator 70 para proteger a pele dos efeitos nocivos do sol, além do inseparável boné. “O problema é o custo muito alto desses protetores, mas temos de usar mesmo assim porque a saúde vale muito mais”, ressalta.
 
Com 32 clientes fixos na região, Tuniko conta que, embora tenha passado a usar o bloqueador mais recentemente, a preocupação com a proteção da pele já era um hábito desde quando trabalhou como salva-vidas em um clube da cidade e o uso do protetor solar era obrigatório. “Hoje, esse hábito é fundamental para mim. Não saio de casa sem passar o bloqueador porque conheço bem os riscos do câncer de pele”, acentua.
 
 
 
 
Fala doutor!  O médico Renato Bakos responde as dúvidas de tratadores e dá dicas e sugestões de como manter-se protegido do câncer de pele.
 
A proteção física diminui os riscos da exposição solar? 
Sem dúvida. A proteção física é extremamente importante e pode ser suficiente se cobrir toda a superfície da pele.
 
O uso de chapéus e bonés ajuda na proteção ou mesmo assim é importante usar o protetor solar? 
As áreas que ficam cobertas por chapéus e bonés já têm uma proteção bastante suficiente. O filtro seria um complemento interessante para minimizar a reflexão da luz solar na água ou em outras superfícies.
 
Quem usa as camisetas UV também precisa do protetor solar? 
As camisetas já oferecem proteção suficiente para a maioria das situações de exposição solar. Mas não se deve esquecer do rosto, das mãos, do pescoço e das orelhas na hora de proteger-se do sol. 
 
Os trabalhadores devem usar calças no lugar de bermudas? 
Calças certamente protegem mais, entretanto, o uso de bermudas e a aplicação de filtros solares nas áreas desprotegidas também é eficaz.
 
Quem se expõe ao sol ­diariamente deve procurar um dermatologista periodicamente, se possível? 
Indivíduos com alta exposição solar podem estar em risco para câncer de pele, e é importante ficarem alertas a pintas novas ou que se modifiquem de tamanho e cor. O ideal seria mesmo procurar um dermatologista regularmente.
 
Quais tipos de pintas ou manchas devem ser investigados? 
Pintas escuras que aumentem de tamanho, mudem de cor, tornem-se assimétricas ou irregulares, além daquelas que se apresentem como ‘feridas’ que sangram ou não cicatrizam.
 
Pessoas de pele mais escura devem ter os mesmos cuidados dos mais claros? 
A pele escura ameniza os riscos, mas os indivíduos que possuem pele mais morena também devem ter atenção e cuidado com o sol.
 
Os lábios também devem estar sempre protegidos? 
Sim, existem protetores solares na forma de lápis labial que são bem eficientes.
 
Os olhos também podem sofrer com a exposição ao sol? 
Sem dúvida. A utilização de óculos escuros é a melhor alternativa para a proteção ocular.
 
De forma geral, qual é o melhor protetor solar?
O protetor ideal deve ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água e não manchar a roupa. Pessoas de pele e olhos claros, que se queimam sempre e nunca se bronzeiam, devem usar protetor com FPS 30, no mínimo. Quem tem tendência à acne deve optar por protetores livres de óleo ou gel creme. Pessoas que fazem muita atividade física devem evitar os géis, pois saem facilmente com o suor. 
 
 
 
 

Revista da Piscina - Outono/Inverno 2021

 







Sentimos muito orgulho desse trabalho e esperamos que você venha partilhar dele conosco e nossa valiosa e incansável equipe, que está sempre em busca de oferecer-lhe o melhor que existe para o setor, seja em produtos, entretenimento ou informação.

Links

  • Sobre
  • Revistas
  • Blog da Piscina
  • Podcast
  • FAQ
  • Política de Privacidade

Contato

Rua Santana de Ipanema, 262
Cumbica - Guarulhos - SP
07220-010
Telefone: 11 2146-2146
Email: marketing@genco.com.br

Redes Sociais

Fique por dentro de tudo o que acontece no mundo das piscinas.

Copyright © 2024 GENCO® | Todos Direitos Reservados

www.genco.com.br