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Revistas Edição 88

Piscina e Saúde


VERÃO É TEMPO DE PREVENIR AS MICOSES
O período mais quente do ano é propício para a proliferação de fungos, microrganismos responsáveis por causar esses problemas que afetam pele, região genital, pés, unhas e couro cabeludo de pessoas de todas as idades
 
 
Estudos científicos indicam que cerca de 1,5 mi­lhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra. Aproximadamente 200 mil desses microrganismos já foram identificados e, destes, apenas 200 são patogênicos. Dentre esses seres microscópicos existem as leveduras e os bolores, geralmente utilizados na culinária e estudados na medicina. Mas os fungos também são capazes de produzir alergias respiratórias, podem ser tóxicos ou venenosos e causar doenças em plantas, nos animais e em seres humanos, como frieiras e candidíase, entre outras. Como os fungos que causam as micoses vivem e se reproduzem melhor em ambiente quente e úmido – como é o caso das regiões tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil –, esses problemas se intensificam nos meses de verão. 
 
É preciso ter muita atenção e cuidado, especialmente ao frequentar ambientes coletivos e, caso surja algum sinal de micose, procurar imediatamente um dermatologista para evitar que se espalhe. As micoses mais comuns que afetam a pele são pitiríase versicolor, conhecida popularmente como ‘pano ­branco’; dermatofitose, conhecida como ‘impinge’; candidíase e esporotricose (leia mais na página 20). Os locais afetados são variados. A pitiríase versicolor, por exemplo, é mais comum no tronco e na parte superior dos braços; a candidíase atinge mais as dobras da pele e a região genital; e a dermatofitose acomete qualquer região da pele, dos pelos e das unhas. 
 
A médica dermatologista Rosa­ne Orofino, coordenadora do Departamento de Micologia da Socie­dade Brasileira de Dermatologia (SBD), lembra que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver micose, dependendo da integridade da pele, do grau de exposição, da ­quantidade de fungos inoculada na pele e da frequência com que é exposta ao microrganismo. “No entanto, os indivíduos debilitados por doenças ou medicamentos imunossupressores estão mais propensos às enfermidades infecciosas, sejam causadas por vírus, bactérias ou fungos”, acrescenta. 
 
Ambientes coletivos são fator importante na transmissão inter-humana, que também ocorre no ambiente doméstico e em áreas de uso comum. Por exemplo, os dermatófitos que causam micoses nas unhas (onicomicose), nos pés (pé de atleta, frieira), no corpo (impinge) e no couro cabeludo sobrevivem nas escamas da pele ou nos pelos parasitados por anos e são invisíveis. Por isso, essas micoses podem ser transmitidas em lava-pés de piscinas, vestiários de clubes, tatames de academias, pisos frios – em especial banheiros – ou por meio de pentes, escovas, bonés, bichos de pelúcia e outros objetos capazes de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos de um indivíduo a outro (fômites). “Animais domésticos, como cães e gatos, também podem transmitir esse tipo de micose”, alerta a médica.
 
Determinadas micoses são con­ta­giosas, como a dermatofitose, por exemplo, e podem ser adquiridas na natureza, por meio de animais ou no contágio inter-huma­no.  “Outras, como a pitiríase versicolor, não são transmitidas de pessoa para pessoa porque o fungo vive normalmente na pele e prolifera apenas quando encontra condições favoráveis no próprio indivíduo. Portanto, não são contagiosas”, acentua a dermatologista. Algumas micoses, como a esporotricose, podem ser transmitidas da natureza para o ser humano através de trauma com vegetação, ou do animal para o ser humano – chamada de transmissão zoonótica.
 
Cuidados na Piscina
 
Em geral, o tratamento da água das piscinas é suficiente para evitar a transmissão de fungos causadores de micoses. Mas a médica Rosane Orofino lembra que o problema está nas áreas circunjacentes frequentadas pelos usuários. “Sempre que possível, deve-se utilizar chinelo de borracha nos locais de uso comum para evitar o contato direto com as escamas contaminadas. Além disso, é recomendado usar desinfetantes nos pisos frios de uso coletivo, vestir roupas adequadas ao clima e, ao praticar esportes, preferir roupas que não vedem a transpiração”, orienta.
 
Tipos mais comuns
 
Candidíase: costuma afetar as mucosas e causar vermelhidão, dor, ardência, coceira e corrimento ou secreção branca, semelhante ao leite talhado. Pode aparecer nos órgãos genitais das mulheres e dos homens, mas também na boca e garganta, causando desconforto e dor ou dificuldade para engolir.
 
Dermatofitose (conhecida também como tinhas): caracterizada por manchas avermelhadas com borda elevada e coceira. ­Quando acomete o pé costuma ser chamada de pé-de-atleta.
 
Micose de unha (onicomicose): a unha fica amarelada e, muitas vezes, mais espessa. Quando inflama, fica dolorida e pode prejudicar a deambulação (ato de andar).
 
Pitiríase versicolor (pano branco):  apresenta manchas brancas e acastanhadas que podem aparecer no tronco e descamar. Raramente coça.
 
 
 
Fique longe do risco!
 
  • Não utilize calçados fechados sem meias ou de outra pessoa. 
  • Lave as meias a cada uso. 
  • Não permaneça com roupas molhadas, enxugue as dobras cutâneas e use roupas adequadas à estação para evitar a recorrência da candidíase ou dermatofitose.  
  • Seque e troque de roupa imediatamente após sair da piscina para evitar umidade e maceração da pele. 
  • Evite usar escovas, pentes ou ­bonés de outra pessoa.
  • Indivíduos com pele ou couro cabeludo seborreico não devem usar hidratantes oleosos. 
  • Consulte o veterinário se seu animal doméstico apresentar qualquer alteração na pele ou no pelo.
 
Fala doutora!
 
A médica dermatologista Rosane Orofino responde às dúvidas de leitores e dá mais dicas de como prevenir as recidivas e tratar corretamente as micoses
 
Como identificar a micose em diferentes partes do corpo?
Manchas róseas ou avermelhadas que descamam e aumentam na periferia em direção à pele sadia (centrifugamente) podem ser dermatofitose do corpo (impinge). Entre os dedos dos pés tem aspecto esbranquiçado, macerado e, na região da planta do pé, pode ser avermelhada ou esbranquiçada e ainda ter a forma de pequenas bolhas (vesículas). O principal sintoma é a coceira intensa e persistente. Quando afeta o couro cabeludo parece uma lesão com descamação. As unhas podem ter cor amarelada ou acastanhada e descolam, com formação de uma massa de restos celulares embaixo.
 
A pitiríase versicolor pode surgir como manchas esbranquiçadas ou acastanhadas, raramente róseas, e tem uma descamação muito característica, fina, parecendo farinha, sendo assintomática na maioria das vezes. Os locais mais comuns são a parte superior do tronco e dos braços, face e couro cabeludo, mas pode estar presente em qualquer parte do corpo, exceto nas regiões da palma da mão e planta do pé. É comum surgir mais de uma vez ao ano.
 
A candidíase da pele é avermelhada, descama e é mais úmida no centro, com aspecto macerado. Acomete mais as grandes dobras da pele como axilas, virilhas, debaixo das mamas e nas dobras do abdome de pessoas obesas, sobretudo os diabéticos tipo 2. Também afeta as unhas, mais comum nas dobras das mesmas, conhecida como ‘panarício’. No recém-nascido ou nos adultos com imunidade baixa causa o ‘sapinho’ na boca. As espécies de Candida também podem causar doenças nos órgãos, podendo até chegar à sepse e morte.
 
Já a esporotricose começa como um caroço que abre e vira úlcera. Pode ‘caminhar’ pelo trajeto linfático como um cordão com caroços (linfangite). Muitas vezes, está associada ao contato, à mordedura ou arranhadura do gato. Às vezes, atinge as articulações e, nas pessoas com menor imunidade, pode lesar órgãos como pulmões e cérebro.
 
Como evitar que a micose volte com frequência?
A micose pode ser recorrente ou recidivante. Em geral, hábitos comportamentais e de higiene adequados podem ser suficientes para evitar a recidiva, como ocorre na pitiríase versicolor, porque o fungo depende de gordura para sua sobrevivência. Consequentemente, diminuir a oleosidade da pele e a transpiração excessiva pode controlar a recorrência das lesões.
 
Quais são os tratamentos considerados mais eficazes?
Antifúngicos tópicos ou por via oral, medicamentos que diminuem transpiração ou oleosidade excessivas. Consulte sempre um dermatologista para avaliar, orientar e tratar adequadamente o seu problema.
 
Bicho geográfico também é um tipo de micose? 
Não. O bicho geográfico é causado por um verme eliminado nas fezes de animais, sobretudo cães e gatos. Penetra na pele através do contato direto com areia ou terra que contêm o verme. O tratamento pode ser com pomadas ou por via oral, dependendo da extensão da doença. O especialista pode avaliar melhor o tipo de tratamento a ser prescrito.
 
Quais cuidados são essenciais para evitar que a micose surja e agrave?
Medidas sociais, comportamentais e de higiene, tanto do indivíduo quanto dos locais em que vai frequentar. Sempre que surgir uma lesão na pele, no pelo ou na unha, aconselha-se procurar o dermatologista, especialista habilitado para diagnosticar, tratar e aconselhar a prevenção de novos surtos ou o agravamento da micose.
 

 







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