• Sobre Nós
  • Revistas
  • Blog
  • Podcast
  • FAQ
  • Contato
  • Pesquisar
  • Sobre Nós
  • Revistas
  • Blog
  • Podcast
  • FAQ
  • Contato
  • Pesquisar

Revistas Edição 87

Piscina e Saúde


Hidroginástica é segura para qualquer idade

 
A hidroginástica teve seu início e desenvolvimento na Alemanha visando atender, inicialmente, um grupo de pessoas com mais idade que precisava praticar uma atividade física segura, sem causar riscos ou lesões às articulações, e que proporcionasse bem-estar físico e mental. No Brasil, a modalidade é praticada há 30 anos aproximadamente, e tem mais de 200 variações de aulas. 
 
O professor doutor Marcelo Barros de Vasconcellos, docente adjunto na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e especialista em atividades aquáticas, explica nesta entrevista como a hidroginástica pode ajudar pessoas de todas as idades a serem mais saudáveis e quais cuidados os professores e gestores de academias devem ter para que a atividade seja sempre segura para os praticantes.
 
 
Qual é a maior vantagem da hidroginástica?
Trata-se de uma das atividades físicas mais democráticas, pois é praticada por públicos variados como obesos, hipertensos, gestantes, portadores de doenças articulares como artrite, artrose e osteoporose, assim como por pessoas totalmente saudáveis e até atletas. A atividade também não impõe limites de idade. O seu sucesso, principalmente para os idosos, ocorre pela leveza oferecida pela flutuação que o meio líquido proporciona, além das reduções no impacto articular, na pressão arterial e na frequência cardíaca que possibilitam maior segurança para o praticante. Mesmo com toda a evolução e com as mais de 200 variedades que possui atualmente, a hidroginástica continua sendo segura como foi idealizada desde a sua criação.  
 
Para praticar é necessário saber nadar?
De forma alguma! Não é pré-requisito saber nadar para fazer hidroginástica. Por isso, nos exercícios em que os dois pés saem do chão, nas mudanças de direção ou quando os alunos trabalham na parte funda da piscina a atenção dos professores deve ser redobrada. O planejamento da aula também deve levar em conta o perfil dos alunos e o respectivo risco de acidente. 
 
Acidentes são comuns em aulas de hidroginástica?
Não, mas acidentes devem ser evitados – assim como o afogamento previsível –, sendo dever do profissional aquático fazer todo esforço possível para prevenir a ocorrência. Para que a aula de hidroginástica seja ainda mais segura é importante que o professor de Educação Física oriente o aluno sobre como deve se comportar na piscina e em seu entorno, pois um descuido pode gerar afogamento ou algum acidente no ambiente aquático. Aliás, o afogamento tem sido uma preocupação não só com alunos iniciantes em atividades aquáticas, mas também das federações internacionais de natação, que têm investido em programas de prevenção de afogamento para nadadores profissionais.  
  
Quais são as ações preventivas indicadas para professores de hidroginástica e gestores de locais que oferecem esse tipo de aula?
Sobretudo, faz-se necessária a indicação de algumas medidas para que o exercício aquático, além de benéfico, seja mais seguro para os praticantes, principalmente aqueles com pouca aquacidade. Este cuidado está relacionado ao grau de adaptação de uma pessoa ao meio líquido e suas condições de se autossustentar, dominar a respiração aquática, deslocar-se no ambiente aquático, ter consciência corporal e poucas chances de se afogar. Inicialmente, recomenda­se que o gestor do estabelecimento que oferece aula de hidroginástica ‘vacine’ a sua piscina com as cinco medidas preventivas do Programa Piscina + Segura, criadas pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) em 2013: 100% de atenção; guarda-vidas presentes; saber agir na urgência; manter acesso restrito à piscina; usar ralos anti-sucção e meios de interrupção de bomba. Uma das regras de segurança mais importantes aos gestores dos espaços que oferecem hidroginástica é a norma de ‘proibido mergulhar’. Outro fator importante é a averiguação, por parte do gestor, se o número de participantes é compatível com uma observação segura do professor e se este sabe atuar em caso de emergência aquática. A segurança na água é vital e uma rotina de emergência deve estar preparada envolvendo toda a equipe, que precisa estar completamente ciente e possuir habilidades para reanimação cardiopulmonar (RCP). 
 
 
 
"Para que a aula de hidroginástica seja ainda mais segura, é importante que o professor de educação física oriente o aluno sobre como deve se comportar na piscina e em seu entorno ..."
 
As academias estão atentas?
Sim. Atualmente, as academias foca­das na prevenção de acidentes têm dado especial atenção, desde a sua construção, para que o ambiente aquático seja mais seguro e tenha acessos para saída fácil, áreas para banho antes de entrar na piscina, avisos de profundidade, bordas com proteção, escadas com corrimão, degraus largos bem afixados, piso antiderrapante e sem água acumulada, além de tratamento da água constante para mantê-la cristalina, com pH e cloro estabilizados. Em qualquer condição física temporária que possa ser causa de risco, como piso escorregadio, deve-se indicar com sinalização adicional, e quando uma condição temporária se torna um transtorno contínuo deve ser reparada imediatamente. Os gestores devem incluir, ainda, marcos de segurança permanentes e que indiquem a mudança de profundidade, inclinação em água profunda, degraus, bordas ou plataformas submersas e quaisquer mudanças inesperadas na superfície da piscina. Os marcos de segurança devem ser instalados durante a construção de toda piscina nova, mas podem ser facilmente acrescentados às já existentes. 
 
Quais cuidados os professores devem ter durante a aula?
Os professores devem seguir certos procedimentos para que a segurança dos alunos seja constante. A primeira é ter visão de todos os alunos dentro da piscina durante a aula e evitar ficar de costas para a turma, mesmo nas situações de busca por material ou preparação do som. Importante também é mensurar o grau de aquacidade de cada aluno iniciante (teste de aquacidade para hidroginástica), para personalizar os exercícios ao nível de habilidade aquática. Se os alunos tiverem pouca aquacidade e não estiverem à vontade no meio líquido (hidrofobia), os movimentos não podem ser executados perfeitamente. O professor precisa, ainda, adaptar gradativamente os alunos iniciantes para que caminhada, corrida, exercícios de flutuação e deslocamento ocorram sem risco de escorregarem ou afundarem. Ademais, deve saber identificar os eventuais sinais de medo do aluno: olhos arregalados, respiração rápida e superficial e face vermelha. 
 
Esses alunos merecem mais atenção?
Na verdade, essas pessoas vão precisar de um período de adaptação mais cuidadoso e, normalmente, se sentirão mais confortáveis exercitando‑se perto das bordas, segurando na barra ou com o professor dentro da água segurando sua mão. Se o aluno está disposto a entrar na piscina, o professor deve iniciar a aula com exercícios que possam ser realizados com os pés no chão e em profundidade mais rasa. Deve-se evitar prescrever exercícios que requeiram submersão da cabeça ou exposição à água profunda. Sempre importante lembrar que o exercício que apresenta os menores riscos e maiores resultados é o melhor exercício, visto que resulta na melhor relação custo-benefício. Apesar de não existirem exercícios contraindicados, há pessoas contraindicadas para determinados exercícios, pois alguns oferecem uma relação custo­benefício muito baixa e só deverão ser utilizados com muita supervisão e critério, uma vez que dificilmente serão executados da maneira adequada ou eficaz por sedentários ou iniciantes. 
 
Alunos que sabem nadar estão mais seguros?
O fato de o aluno ter excelente aquacidade não significa que o professor deva deixar de dar atenção a ele ou que terá mais segurança ao fazer os exercícios em flutuação sem supervisão. Saber o nível de aquacidade é importante para o planejamento da aula e será um norteador dos exercícios que poderão ser propostos, para que o aluno consiga executar sem risco de se afogar. Mas, a atenção do professor deve ser a mesma. 
 
Qual é a importância do teste de aquacidade? 
O teste (quadro ao lado), desenvolvido para oferecer uma 'hidroginástica + segura' para alunos iniciantes, foi ajustado inicialmente para natação e, depois, adaptado para a hidroginástica. Após o teste de aquacidade, o aluno pode vivenciar sua primeira aula formal e o professor irá adaptar a aula para melhorar suas habilidades aquáticas. O professor deve acompanhar e reavaliar cada aluno após três meses ou quando achar necessário, identificando o progresso e fornecendo retorno sobre o que precisa trabalhar para melhorar a aquacidade. 
 
 
 
TESTE DE NÍVEL DE AQUACIDADE PARA HIDROGINÁSTICA + SEGURA
 
 
 
 
Quando  o aluno conseguir realizar a atividade sozinho a resposta sim valerá (1) ponto.  
 
Total de pontos: ____
        
O resultado do nível de aquacidade é a soma de cada sim (1 ponto) obtido nas 10 atividades testadas.
 
0-2 pontos - Aquacidade Muito Fraca  
3-4 pontos - Aquacidade Fraca 
5-6 pontos - Aquacidade Média
7-8 pontos - Aquacidade Boa 
9-10 pontos - Aquacidade Excelente
 
 
 
Orientações para alunos iniciantes
 
    • Responder ao questionário de anamnese e mencionar qualquer limitação que possa influenciar no exercício; 
    • Estar com atestado médico indicado como apto para a prática de hidroginástica; 
    • Aquecer, de forma gradativa, antes de juntar-se à turma; 
    • Passar na ducha antes de entrar na aula, molhando pulso e face para evitar choque térmico; 
    • Evitar o uso de cremes de cabelo e/ou hidratante em excesso, pois os mesmos podem alterar o pH da água; 
    • Usar chinelo para percorrer a distância até a piscina e deixá­lo de forma que o mesmo não obstrua a passagem; 
    • Conhecer a profundidade da piscina e a temperatura da água antes de entrar; 
    • Informar qualquer restrição médica ou alguma infecção que ainda não foi reportada ao professor; 
    • Entrar na piscina de maneira segura, pela escada; 
    • Levar uma garrafa de água para a borda da piscina a fim de manter-se hidratado; 
    • Ter presença regular nas aulas e fazer exercícios pelo menos três vezes por semana; 
    • Comunicar sempre, ao professor, qualquer anormalidade durante a aula – associada ou não ao exercício – e parar quando sentir desconforto ou dor; 
    • Evitar conversar durante os exercícios e concentrar-se nos grupos musculares que estão sendo trabalhados; 
    • Parar e alongar o músculo quando tiver câimbra;
    • Respeitar a individualidade e respeitar os seus limites; 
    • Não usar objetos infláveis, colchões de ar ou suportes artificiais se não estiver familiarizado e sob supervisão; 
    • Respirar de forma natural e nunca bloquear a respiração; 
    • Em exercícios com saltos, realizar a queda de maneira ­segura; 
    • Realizar a aula com os pés apoiados no fundo, e nunca na ponta dos pés; 
    • Ao final da aula, ter cuidado ao subir a escada, pois voltará a sentir o seu real peso corporal e pode sentir tontura. 
 

Fonte: Revista Pool-Life Ed. 87







Sentimos muito orgulho desse trabalho e esperamos que você venha partilhar dele conosco e nossa valiosa e incansável equipe, que está sempre em busca de oferecer-lhe o melhor que existe para o setor, seja em produtos, entretenimento ou informação.

Links

  • Sobre
  • Revistas
  • Blog da Piscina
  • Podcast
  • FAQ
  • Política de Privacidade

Contato

Rua Santana de Ipanema, 262
Cumbica - Guarulhos - SP
07220-010
Telefone: 11 2146-2146
Email: marketing@genco.com.br

Redes Sociais

Fique por dentro de tudo o que acontece no mundo das piscinas.

Copyright © 2024 GENCO® | Todos Direitos Reservados

www.genco.com.br