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Revistas Edição 84

Piscina e Saúde


ATIVIDADES AQUÁTICAS SÃO IDEAIS PARA IDOSOS

Hidroginástica e natação têm baixo impacto e trazem vários benefícios, entre os quais a melhora do equilíbrio e da função cardiorrespiratória
 
 
 
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam um aumento da população com mais de 65 anos de idade nos últimos anos no Brasil. As projeções sugerem que os idosos serão 15% da população em 2034 e 25% em 2060. Uma das grandes preocupações dos médicos e das autoridades de saúde é que essas pessoas tenham uma vida saudável, sem dores e com independência, mesmo com algumas doenças crônicas típicas da idade. E uma das formas mais seguras de ter saúde e qualidade de vida é mantendo o hábito de praticar atividade física regularmente. 
 
Embora não exista uma atividade física especialmente indicada para pessoas que já chegaram à terceira idade, pois depende do perfil e do estado de saúde de cada indivíduo, as práticas aquáticas costumam ter ótima adesão e estão entre as mais indicadas. Diversos estudos demonstram os benefícios de atividades físicas na água para melhorar a qualidade de vida dos idosos, porque permitem a realização de movimentos sem impacto às articulações e aos tendões, estimulando toda a musculatura e mantendo o tônus muscular. Os efeitos benéficos incluem, ainda, melhora dos sistemas respiratório e cardiovascular; da postura, da flexibilidade e do equilíbrio, assim como aumento da mobilidade articular. 
 
“Esses benefícios são propiciados pela natação e pela hidroginástica, no entanto, na maioria das vezes a hidro é a mais indicada, porque a natação requer adaptação técnica para que o idoso possa desenvolver o esporte”, avalia o fisiologista do Esporte do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo, e diretor da DLB Assessoria Esportiva, Diego Leite de Barros. A hidroginástica também estimula a constância de ganho de força muscular quando o praticante vence a resistência da água, e não demanda risco de queda ou lesão por trauma, diferentemente da caminhada ou de outras atividades. Além disso, o condicionamento aeróbio é importante, com estímulo ao gasto calórico e ganho de condicionamento cardiorrespiratório.
 
 
RECOMENDAÇÃO DE ESPECIALISTAS
 
Flexibilidade e equilíbrio também são extremamente relevantes na vida dos idosos, porque são capacidades relacionadas à manutenção ou melhora do desempenho na realização das atividades cotidianas, além de contribuírem para a redução do risco de quedas. “Existem várias possibilidades de atividades físicas para idosos, porém, a prática de atividades aquáticas é muito recomendada por contribuírem para manutenção do equilíbrio e da capacidade funcional”, ressalta o educador físico e preparador físico do E.C Santo André, Gilberto Aparecido Gomes Luciano, autor do artigo de revisão ‘Benefícios das atividades aquáticas para idosos’, publicado na Revista de Atenção à Saúde da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2019. 
 
A prática de exercícios, de forma geral, também melhora diversos componentes do perfil lipídico (colesterol, triglicerídeos, glicose), reduz o percentual de gordura subcutânea e visceral e, consequentemente, ajuda no controle do peso e na metabolização do corpo. O fisiologista Diego Leite de Barros explica que depois das sessões de treinamento ocorre um quadro de hipotensão e vasodilação e, com isso, a pressão arterial tende a cair, o que é benéfico em longo prazo nos quadros de hipertensão. 
 
“Antigamente, não se orientava esforço físico para hipertensos. No entanto, as pesquisas mais atuais têm mostrado que mesmo as atividades de força, como musculação – antes contraindicadas – são benéficas. Vasos e artérias dilatam com o exercício e o sangue passa a circular com menor dificuldade, levando à baixa da pressão. Por isso, hoje é uma indicação para hipertensos”, informa o fisiologista. Estudos mostraram que, mesmo que a maior intensidade provoque um aumento da pressão arterial durante os exercícios, logo após ocorre o efeito inverso. Com a prática constante, o hipertenso terá mais momentos de pressão baixa, com uma adaptação positiva ao longo do tempo.
 
 
 
 
BENEFÍCIOS
 
• Melhora desempenho e condicionamento cardiorrespiratório
 
• Aumenta a coordenação motora
 
• Melhora postura, flexibilidade e circulação sanguínea 
 
• Promove o relaxamento muscular 
 
• Traz sensação de analgesia e redução de dores
 
• Contribui para manter o peso nos níveis ideais
 
• Combate o estresse e permite a socialização
 
 
 
SAÚDE, AMIGOS E AUTOESTIMA
 
As atividades na água também ajudam nos aspectos psicológicos para elevação da autoestima, alívio dos níveis de estresse e maior disposição para enfrentar as atividades cotidianas. No caso da hidroginástica, também há interação e socialização entre os praticantes, pois é uma atividade mais lúdica e realizada em grupo. Desta forma, os praticantes criam novas possibilidades de relações interpessoais e aumento dos laços de amizade e do interesse em compartilhar experiências, o que também é um aspecto importante para pessoas que chegaram na terceira fase da vida.  
 
O educador físico Gilberto Aparecido Gomes Luciano lembra que, apesar de a medicina estar proporcionando um considerável aumento nos anos de vida da população, os idosos ainda apresentam uma redução no nível de atividade física regular, com elevada prevalência de sedentarismo. “Este comportamento está associado a situações de deficiência física, deficiência mental e exclusão social, com maior risco para o desenvolvimento de distúrbios metabólicos, doenças cardiovasculares e depressão”, alerta. 
 
A temperatura da água é outro benefício para pessoas idosas com doenças articulares, como artrose, artrite e tendinite, porque a água morna promove uma analgesia que diminui as dores e reduz a rigidez. Como os exercícios, de forma geral, promovem ganho de massa muscular e proteção das articulações, a tendência é que esse tipo de dor diminua. “Embora não reverta o quadro, quem pratica atividades na água terá uma região mais bem protegida e a tendência é sentir melhora. Claro que, de acordo com a lesão, tem de fazer um trabalho específico para não agravar o quadro ou se machucar”, orienta o fisiologista Diego Leite de Barros. Apesar de benéfica, a prática excessiva de atividade física – mesmo na água – pode ser prejudicial. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais do corpo para evitar lesões.
 
 
 
QUEM PRATICA APROVA!
 
As amigas Luzia Aurora Curi e Neusa da Silva Naranjeira, de 73 e 79 anos, respectivamente, fazem hidroginástica juntas há 15 anos e confirmam as afirmações dos especialistas. “Tenho artrose na coluna e hérnia de disco e melhorei muito os sintomas depois que comecei a praticar hidroginástica. Além disso, eu a Neusa fazemos alongamento duas vezes na semana e estamos sempre juntas”, afirma dona Luzia, que é manicure. Para dona Neusa, que também faz caminhadas há 25 anos, as duas atividades são responsáveis por chegar perto dos 80 anos sem dores ou problemas de saúde. 
 
A hidroginástica também melhorou a hipertensão, a qualidade do sono e as dores no ombro causadas pela artrose de Maria José Madureira de Aquino, de 66 anos, que pratica a atividade todos os dias, com diferentes turmas. “Com isso, também fiz muitas amizades e sinto falta quando não vou às aulas. A hidroginástica me deixa mais disposta e com mais energia, o que é ótimo para as tarefas do dia a dia”, conta. Uma das amigas de dona Maria José é Eva Caetano de Andrade, de 60 anos, que faz hidroginástica há oito anos e conseguiu eliminar a enxaqueca frequente e as dores nos joelhos e nas costas. 
 
 
O eletricista Geraldo Pires da Silva, de 61 anos, operou uma hérnia de disco na coluna lombar e ficou um período sedentário. Na hidroginástica há um ano, afirma que a atividade na água morna propicia conforto e não causa impacto na coluna, além de ter melhorado sua condição geral de saúde. “Saio da piscina muito bem disposto e sem dores ou incômodos. A atividade tem sido muito saudável para mim”, garante.  
 

 
 
COM A PALAVRA A GERIATRA !
 
A população mundial está envelhecendo rapidamente e, com isso, o risco de doenças crônicas também aumenta, dentre as quais hipertensão arterial, diabetes, aumento de colesterol e ácido úrico, osteoartrite (conhecida como artrose), depressão, perda de memória e demências, perda de massa muscular, fragilidade e quedas, entre outras. Essas enfermidades, quando não estão bem controladas ou geraram sequelas, podem fazer com que o idoso perca sua funcionalidade e impedem que possa desempenhar as atividades básicas da vida diária. Para ter um envelhecimento bem-sucedido é fundamental elaborar rotinas e mudanças de estilo de vida, priorizando exercícios físicos e nutrição saudável e equilibrada. Desta forma, é possível envelhecer feliz e ativo! 
 
 
 
Dra. Cristiane Comelato
 
Médica especializada em Geriatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), membro da Comissão de Doenças Crônicas e Não Transmissíveis, Obesidade e  Envelhecimento da Associação Médica Brasileira e 3ª vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG-SP)
 
 
 
1. Quais são os benefícios da prática de atividades físicas por idosos?
Os benefícios são inúmeros e inquestionáveis. Para envelhecer bem é importante realizar exercícios físicos rotineiramente, do tipo mais adaptado e da preferência de cada pessoa. Com a prática de exercícios é possível reduzir o peso corporal, ganhar massa muscular, diminuir o isolamento social e melhorar a capacidade de alongamento, aeróbica e mental, melhorando globalmente a saúde do idoso.
 
2. Quais são as atividades aquáticas mais indicadas e por quê?
Todas as atividades aquáticas são recomendadas para o idoso, desde que tenha aptidão e acesso a esse tipo de atividade. Natação e hidroginástica promovem exercício aeróbico, podendo ser de baixa intensidade até alcançar uma intensidade alta e, sendo na água aquecida, propiciam uma redução no impacto das articulações e promovem relaxamento muscular, efeito muito importante para pacientes com doença do aparelho locomotor e dores crônicas. Jogos aquáticos, como vôlei adaptado, também podem ser realizados pelos idosos.
 
3. Há alguma restrição nessas práticas por idosos? 
Doenças crônicas não controladas, como hipertensão, diabetes, infecções ativas em qualquer parte do corpo, arritmias cardíacas, presença de cateteres ou feridas e lesões de pele em atividade são contraindicações para a prática aquática. Indivíduos que passaram por cirurgias recentes devem conversar com seu médico para que haja liberação para a atividade física.
 
4. Quantas vezes por semana é indicado praticar natação ou hidroginástica?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda fazer 150 minutos semanais de atividade física leve a moderada, podendo ser 50 minutos três vezes por semana ou 30 minutos cinco vezes por semana. O importante é manter a regularidade. Realizar o exercício físico com bom senso, dentro da capacidade física, sem gerar dor ou lesões musculares é o que deve ser seguido pelo idoso.
 
5. A prática excessiva pode ser prejudicial de alguma forma? 
Atividades intensas podem prejudicar a saúde, causar dores musculares e até lesões musculares, tendíneas ou articulares. Cuidados devem ser tomados para não exagerar na exposição solar e, sempre que expostos, os idosos devem usar filtro solar. No entanto, ter bom senso para iniciar um exercício é importante para manter-se ativo.
 
6. Idosos também se beneficiam com a socialização quando se envolvem em atividades físicas coletivas?
As atividades em grupo melhoram a socialização, a aderência ao exercício e tornam a atividade física mais prazerosa. Criar vínculos e novas amizades também fazem parte do suporte social para um envelhecimento saudável. 
 
7. A prática da atividade física também diminui o risco de depressão e outros transtornos mentais?
Sim, a atividade física promove um aumento do fluxo sanguíneo no cérebro e isso faz com que produza substâncias responsáveis pelo bem-estar. Com isso, pode haver melhora da depressão, da ansiedade, irritabilidade e qualidade do sono.
 
8. Por que a solidão é considerada uma questão importante neste período da vida?

As dificuldades e perdas impostas pelo envelhecimento podem afetar a vida e o suporte social. É sabido que a solidão tem correlação direta com a depressão, e que as duas condições levam a uma piora da qualidade de vida. Cultivar amigos, procurar eventos voltados para idosos, ter e realizar sonhos é um grande estímulo para continuar a viver bem e combater a depressão.

 


Revista Pool-Life - Abril 2020







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