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Revistas Edição 46



 
PISCINA SEM QUÍMICA? 1ª PARTE
 
“PISCINA SEM QUÍMICA! NÃO USE PRODUTOS QUÍMICOS! MERGULHE NA ÁGUA PURA E SAUDÁVEL DE UM LAGO! INSTALE UM APARELHO XYZ E DÊ OS PRODUTOS QUÍMICOS DE PRESENTE PARA UM INIMIGO. XYZ GARANTE SEU MERGULHO SEM PELE RESSECADA, OLHOS IRRITADOS, CABELOS QUEBRADIÇOS, COCEIRAS E TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS. USE O SISTEMA DE DESINFECÇÃO DESENVOLVIDO PELA NASA AMERICANA!”.
 
 
 
 
Estas são apenas algumas das frases de impacto com que os fabricantes de ionizadores de cobre têm anunciado vistosamente seus produtos. 
 
Alguns mencionam que a NASA utiliza tal sistema na regeneração da água potável nas naves espaciais e que o tratamento com os ionizadores é totalmente automático. 
 
Naturalmente isso tudo, mais as explicações que apresentam sobre a capacidade biocida do cobre (e da prata quando a utilizam em conjunto) e laudos de análises de água potável, salta aos olhos de proprietários de piscinas. Aliás, este, cansado das repetidas e infrutíferas tentativas de conseguir água azul e bonita em sua piscina, está predisposto a acreditar em qualquer coisa; a onda verde atual que condena qualquer produto que tenha um nome químico reforça essa crença e torna o apelo “SEM PRODUTOS QUÍMICOS” um lema a ser apoiado e defendido. E na maioria dos casos esse proprietário não tem o conhecimento técnico necessário para averiguar a procedência dos argumentos apresentados e decidir o que é melhor para seu caso. Conclusão: é uma presa fácil para qualquer produto “milagroso” que apareça.
 
 
O que são afinal os ionizadores? 
 
São aparelhos que consistem de uma cuba (ou célula) contendo eletrodos de cobre ou de uma liga de cobre e prata, instalada na tubulação de retorno entre o filtro e a piscina, e uma fonte de corrente contínua que fornece energia elétrica de baixa tensão aos eletrodos. Ao receber energia os eletrodos se desgastam e liberam na água que passa por eles uma quantidade de íons de cobre (ou cobre e prata). Chamam esse processo de oligodinâmico dizendo que ele consiste na “introdução de íons metálicos com quantidades mínimas e em nível inferior à ocorrência de reações químicas mensuráveis” (!?? Não houvessem reações químicas os íons de cobre – ou cobre e prata – não seriam liberados na água!).
 
Na verdade, oligodinâmico apenas quer dizer “atividade em pequenas quantidades” e foi criado por von Nägeli em 1893 para denominar os efeitos de íons de prata nas pequeníssimas concentrações de 10 a 100 ppm (partes por milhão).
 
 
Íons de cobre: Ação algicida e floculante
 
Sais de cobre, notadamente o sulfato de cobre, têm sido largamente empregados em piscinas como algicidas. Quando o sulfato de cobre (ou outro sal de cobre) se dissolve na água, ele libera íons de cobre. O íon de cobre em solução é exatamente o mesmo, seja ele proveniente de um ionizador, de um cano de cobre corroído ou de um sal de cobre adicionado manualmente, como o sulfato de cobre. A água ou a alga, e até mesmo a análise química, não distinguem o íon pela sua origem. Portanto um íon de cobre é um íon de cobre independente de se ele foi adicionado manual ou automaticamente.
 
As piscinas que recebem tratamento algicida com sulfato de cobre não estilo dispensadas da cloração, pois o cobre como já vimos é um poderoso algicida, mas não é um bactericida e nem oxidante. 
 
A vantagem portanto de um ionizador é que ele evita o manuseio do sulfato de cobre, alimenta, os íons de cobre automaticamente na água e possui um botão para sua regulagem. Mas ele é apenas um algicida. A despeito de sua eficácia como tal, o maior problema da utilização dos sais de cobre é sua capacidade de provocar manchas nos pisos e paredes das piscinas. É exatamente a capacidade floculante dos íons de cobre, como acontece com os íons de alumínio, ferro e outros metais, codos pouco solúveis em água, que os faz precipitar sobre as superfícies – especialmente quando sua concentração se aproxima ou excede a 1 ppm – numa coloração fortemente azulada, às vezes esverdeada, conforme o pH da água, ou preta em águas fortemente cloradas. O cobre também provoca o esverdeamento de cabelos loiros, façanha falsamente atribuída ao cloro. 
 
A literatura de todos os fabricantes estrangeiros de ionizadores de cobre/ prata é unânime em afirmar que em seus aparelhos o cobre tem a função de algicida e a prata de bactericida. Estranhamente, no Brasil, atribui-se atividade bactericida ao cobre e alguns fabricantes apresentam em seus ionizadores somente eletrodos de cobre, sem prata. 
 
Dizer que os íons de cobre são inofensivos aos seres humanos seria no mínimo ingenuidade. O que diferencia o remédio do tóxico é simplesmente a sua dosagem (Paracelsius). Embora a eventual ingestão de água de piscina contendo íons de cobre certamente não apresente risco ao banhista, há ocorrências suficientes na literatura médica de intoxicações por íons de cobre, seja por ingestão deliberada de quantidade exagerada (10 gramas) de sulfato de cobre, como por exposição a soluções de hemodiálise contaminadas por íons de cobre e até pela ingestão de alimentos cozidos em utensílios de cobre mal estanhados, para impedir que se diga que os rons de cobre não são tóxicos ao organismo humano.
 
 
Íons de Prata
 
A toxicidade da prata frente aos micro-organismos é conhecida e sabe-se que essa atividade é devida aos íons de prata. Realmente os tripulantes dos voos da Apolo utilizaram um ionizador de prata (prata somente, não cobre, diga-se de passagem) para desinfetar a água de beber (ingestão de pequeníssimas concentrações – até 250 ppm não causam problemas para o ser humano). Entretanto, um comunicado da NASA, de 1968, mostrou que a desinfecção de algumas bactérias comuns, usando 50 a 100 ppm de íons de prata, requeria cerca 8 horas de tempo de contato. Uma aplicação perfeita para quem não tem pressa, não pode levar cloro a bordo devido a sua periculosidade no transporte, e numa água que não vai sofrer recontaminação já que os astronautas não nadavam em sua água de beber.
 
O processo conhecido como Electro-Katadyn, um ionizador de prata, já em 1937 foi testado em piscinas e a conclusão foi que os íons de prata não são satisfatórios para desinfecção de piscinas. Outro estudo mais recente mostrou sinergia desinfetante na combinação de íons de prata com residual de 0,2 ppm de cloro livre. Entretanto aumentando-se o teor de cloro para acima de 0.4 ppm essa sinergia desapareceu e os resultados foram iguais aos obtidos com 0.4 ppm de cloro.
 
A ingestão contínua de prata causa escurecimento permanente da pele e órgãos internos (argirismo.)
 
Haveria outras aplicações, como no caso da Apolo, que poderão utilizar a prata como desinfetante, para beber esporadicamente, mas certamente não as águas de piscinas.
 
 
Íons de cobre + prata 
 
Testes realizados para avaliar a eficácia de ionizadores de cobre + prata com e sem baixos níveis de cloro demonstraram que os íons de cobre e prata sozinhos não apresentaram redução apreciável no número de coliformes fecais presentes na água. Após 6 minutos de contato o número de bactérias foi reduzido em 25% (deixando 75% delas vivas).
 
Por contraste, o residual de cloro de apenas 0,2 ppm reduziu a contagem bacteriana em 99% em apenas 10 segundos, 99.9% em 20 segundos e 99.99% em 30 segundos. 
 
Já a combinação de íons de cobre+ prata, com 0.2 ppm de cloro, mostraram atividade apenas ligeiramente maior do que a do cloro sozinho, denotando um possível efeito sinérgico, como no estudo anterior já mencionado sobre a prata sozinha junto com o mesmo residual de cloro (0,2 ppm).
 
Um problema frequente no tratamento com ionizadores de cobre + prata é o da análise de residual. Como a prata é de difícil análise em campo, longe cio laboratório, geralmente seu teor é deduzido pela análise do cobre presente. o que pode ser enganoso.
 
 
Informações adicionais 
 
Diversas empresas fabricantes de ionizadores de cobre, ou cobre + prata, foram acionadas ou multadas pelo Departamento de Defesa do Consumidor, nos E.U.A., por estarem divulgando que seus produtos “dispensavam” o uso de cloro no tratamento da água de piscinas. Aquela entidade só aceita a divulgação de que o uso de ionizadores pode resultar na diminuição do teor de cloro utilizado, porém não substituí-lo. O Ministério da Saúde do Canadá igualmente não aprova produtos ionizadores como desinfetantes para águas de piscinas e sim somente como algicidas. 
 
 
Conclusão 
 
Em vista desses dados, cremos ser nossa obrigação repetir mais uma vez: não há ainda um substituto para o cloro na desinfecção e oxidação de águas de piscinas. 
 
Aqueles que fizerem questão de utilizar um ionizador não devem abandonar a cloração diária e a supercloração frequente. Os ionizadores não devem ser encarados como produtos milagrosos e alternativas para o cloro, já que nem o cobre nem a prata são oxidantes. Ionizadores, na verdade, devem ser vistos como algicidas eletrônicos.






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