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Revistas Edição 88

Piscina e Profissão


UM TOQUE FEMININO NO TRATAMENTO
Capricho, atenção aos detalhes e a capacidade natural de cuidar são características que diferenciam as mulheres que escolheram o tratamento de piscinas como profissão. Mesmo que esse não fosse o sonho de carreira de cada uma delas, ao entrarem no mercado perceberam que poderiam obter sucesso devido a um nicho de clientes que prefere o toque feminino nos cuidados com a piscina. Desta forma, Carla Sabrina Pichutti Carvalho, Andreiane Monteiro Marangon e Ana Paula Batistela vêm conquistando seus espaços neste segmento que, até bem pouco tempo, era essencialmente masculino
 
fotos: Arquivo Pessoal
 

Técnica química no cuidado da piscina

 
Quando resolveu mudar a carreira de técnica química para tratadora de piscinas, Carla Sabrina Pichutti Carvalho, atualmente com 37 anos, trabalhava em uma empresa e cuidava de todos os clientes que instalavam os equipamentos com sistema de ozônio para tratamento da água. Como passou um período cuidando da piscina do dono da empresa, com ozônio, para aprender na prática, começou a pensar em tratar piscinas como profissão e decidiu seguir com essa carreira de forma autônoma. “Quando trabalhava com ozônio ganhei muita experiência e foi maravilhoso ter trabalhado na empresa, porque conheci piscinas diferentes em vários locais do Brasil – até piscina de ondas. Também aprendi a identificar os diversos problemas que ocorrem na água”, relata.
 
Ao decidir atender clientes por conta própria, a moradora de Araçatuba, no interior de São Paulo, chegou a ouvir comentários de desconfiança sobre a possibilidade de uma mulher tratar a piscina. “No começo, os clientes ficavam um pouco preocupados e faziam perguntas meio óbvias para verificar se eu realmente entendia do assunto. Geralmente, quando tem mulher nesta área são esposas dos tratadores, mas, como não era esse o meu caso, tive de provar que sabia o que estava fazendo”, conta. Hoje, 11 anos depois de ter iniciado na carreira, Carla Sabrina se orgulha de ter muitos clientes satisfeitos e de ter criado, com o marido José, a C&C Piscinas. 
 
Carla Sabrina também faz lives com piscineiras de vários lugares do Brasil – o grupo tem 55 participantes (cec.piscinas). Muitas delas começaram a desenvolver o trabalho durante a pandemia de Covid-19, porque houve um grande aumento na procura por esse tipo de atividade. “Discutimos de tudo durante as nossas lives, pois a intenção é oferecer um espaço para as tratadoras contarem suas histórias, que são muito interessantes, ímpares. É uma conversa bem descontraída. Até falamos de produtos e tratamentos, mas a ideia é que elas se apresentem para o mercado e também para desmistificar que mulher não dá conta de fazer tratamento de piscinas. Não é um trabalho pesado e a mulher pode fazer o que quiser. As meninas dão conta, com certeza!”, assegura.
 
Dedicar tempo é um dos segredos
Para Carla Sabrina, independentemente do gênero, para ser um bom profissional é fundamental ter tempo suficiente para fazer o trabalho e atender o cliente com eficiência. Além disso, é importante usar produtos de boa qualidade e ter bom conhecimento, fazer cursos ou ler muito sobre o assunto. “Meu marido é o melhor piscineiro que conheço. Ele tem muito cuidado com borda e escovação, gosta de fazer esse trabalho e costumamos estudar muito sobre o tema com livros como os dos engenheiros Jorge Macedo e Nilson Maierá. O Genclor é meu produto predileto, mas também gosto muito do flutuador, que uso junto com o hipoclorito”, comenta. A tratadora acentua que, para fazer tudo da forma correta em cada piscina, é necessário de 30 minutos a uma hora, embora algumas demandem de 2h30 a 3h devido ao tamanho, como é o caso das piscinas de clubes. 
 
A empresa C&C Piscinas atende em torno de 40 clientes, a maioria da cidade de Araçatuba. Para Carla Sabrina, o profissional da área precisa lembrar que a quantidade de piscinas por semana também deve permitir ao tratador ter uma boa qualidade de vida e tempo para cuidar da saúde e da família. “É uma excelente opção de carreira e não me vejo fazendo outra coisa. Já recebi proposta para ser chefe de laboratório em uma multinacional, mas não aceitei. Com essa profissão, tenho disponibilidade de horário, boa remuneração e faço minha própria agenda”, acentua.
 

 
Primeira mulher na área no SESC São Paulo
 
Moradora da cidade de Birigui, no interior de São Paulo, Andreiane Monteiro Marangon, de 35 anos, foi a primeira mulher a ser aprovada em um concurso para tratador de piscina do Serviço Social do Comércio (SESC), em São Paulo, desde a inauguração da unidade Birigui, em 2017. Quando passou no concurso, o SESC sequer tinha uniforme feminino para a atividade, e até no curso desenvolvido para os novos tratadores das diferentes unidades no Estado de São Paulo era a única representante feminina. “Ainda sou a única mulher na área em todo o SESC São Paulo, mas a intenção dos gestores é ter mais. Tomara que venham muitas outras”, afirma. 
 
Apesar de ter começado no SESC em 2017, Andreiane iniciou nessa atividade profissional bem antes. Como sempre quis atuar como autônoma para facilitar a vida doméstica e ter mais tempo para se dedicar à família e à religião, pediu que a amiga Carla Sabrina ensinasse um pouco sobre tratamento de piscinas para começar na profissão. Para aperfeiçoar o trabalho, fez vários cursos gratuitos pela internet e sempre leu muito sobre a área. “Comecei ajudando a Carla Sabrina por três meses para aprender o básico e, depois, ela me repassou quatro clientes. A partir daí, fui sendo indicada e cheguei a ter 18 clientes fixos. Mas, quando entrei no SESC, tive de repassá-los para outros tratadores porque não é possível conciliar os horários”, relata. 
 
Como autônoma, a tratadora até tinha uma remuneração melhor, no entanto, o bom salário, a estabilidade e os benefícios que o SESC oferece foram alguns dos motivos que a levaram a fazer essa opção de carreira. Na unidade, Andreiane é responsável pelo tratamento químico e físico de quatro piscinas – uma semiolímpica, duas de biribol e uma infantil. “No setor de infraestrutura no qual trabalho sou a única mulher. Logo que cheguei, alguns até acharam que eu não iria dar conta, mas isso nunca me impediu de exercer a atividade. Hoje, todos já perceberam que sou uma profissional como qualquer outro”, acentua.
 
Capricho
Para Andreiane, as mulheres são mais caprichosas na limpeza de bordas, por exemplo, pelo fato de serem mais detalhistas, embora muitos homens sejam muito bons também. “A mulher limpa melhor as bordas porque está acostumada a lavar louça, e a maioria dos homens odeia limpar bordas e lavar louças!”, brinca. Habilidade, capricho e segurança são outros diferenciais para muitos clientes e, segundo a tratadora, favorecem as mulheres que escolhem essa profissão.
 

Concorrência saudável em família
 
A cidade de Maringá, no interior do Paraná, tem muitas casas com piscina, principalmente em condomínios fechados, o que garante aos profissionais que se dedicam ao tratamento um bom mercado de trabalho. Esse foi um dos motivos que levaram a ex-vendedora Ana Paula Batistela, de 37 anos, a se interessar pela atividade que o marido Jair exercia, e aprender a profissão. Em 2015, durante seu período de férias, começou a ir nos clientes do marido e percebeu que não era uma atividade muito difícil. Assim, decidiu sair da loja onde trabalhava e aprender sobre funcionamento de motores e tratamento da água. “O Jair me passou sete piscinas para tratar e, com isso, comecei a fazer uma clientela. Eu tinha muitas piscinas ruins no começo, algumas com árvores antigas enormes por perto e muitas folhas na água, o que dava muito trabalho. Mas dei conta”, lembra. 
 
Naquele início, muitos clientes ficavam abismados ao ver uma mulher cuidando da piscina, mas acabavam gostando já de início. Para a tratadora, o fato de conseguir recuperar e manter em ordem algumas piscinas consideradas ‘difíceis’ encantava a clientela. Detalhes como bordas e capas impecavelmente limpas foram conquistando os clientes e aumentando a carteira. Oito anos depois, Ana Paula atende 57 clientes e faz uma concorrência saudável ao marido Jair, que atende 51 clientes em um negócio totalmente separado. “De vez em quando repasso alguma piscina para meu marido, porque confio muito no trabalho dele”, acrescenta. 
 
Ana Paula ressalta que as mulheres exercem a atividade como qualquer profissional, porque o que importa é ser comprometido, mas acha que as tratadoras são mais perfeccionistas e têm um olhar um pouco diferente para os detalhes. “É fundamental se comprometer com o cliente, trabalhar certo, ser honesto e cobrar um valor justo. Mas qualquer pessoa pode fazer”, assegura. Graças à carreira, a tratadora consegue chegar em casa mais cedo e ter mais tempo para ficar com a filha de 10 anos, Diana, o que melhorou a convivência em família e a qualidade de vida.
 
Aprendizado deve ser contínuo
Mesmo antes de acompanhar o marido nos clientes, Ana Paula já começou a fazer cursos e participar de palestras sobre tratamento de piscinas, e segue se atualizando. “Nunca sabemos tudo; os equipamentos mudam, os tratamentos mudam, há muitos produtos diferentes e temos de estar em constante aprendizado. Assisto muitas lives da Genco e de outros fabricantes, além de pesquisar sobre o assunto na internet”, acentua.  
Com conhecimento, também fica mais fácil explicar aos clientes sobre a importância de usar produtos de qualidade. A tratadora gosta de intercalar o cloro com dicloro e hipoclorito, e tenta ser proativa para o cliente entender essa dinâmica no tratamento. No verão, usa outros tipos de produtos, como algicida para eliminar algas, clarificante para manter a água cristalina e pH estável para corrigir a alcalinidade.
 

 
 
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