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Revistas Edição 88

Piscina e Segurança


PISCINA SIM, MAS COM SEGURANÇA!
O ambiente de lazer mais querido da maioria das crianças, de adolescentes e adultos deve seguir as regras e normas para que seja totalmente seguro
 
 
Dados  de 2020 da Associação Nacional das Empresas e de Profissionais de Piscinas (ANAPP) indicam que o Brasil ocupa o segundo lugar em número de piscinas no mundo – com mais de 2,8 milhões de unidades –, atrás apenas dos Estados Unidos. Para que sejam adequadamente construídas e instaladas no Brasil e no exterior, as piscinas devem seguir várias leis e normas que são válidas para espaços residenciais e comerciais. 
 
Entre as normas estão as NBR 9.819/1987 e NBR 10.339/2018 da Associação Brasileira de ­Normas Técnicas (ABNT), que ­classificam as piscinas de acordo com critérios que envolvem uso (pública, privada, coletiva) e finalidade (desportivas, recreativas, infantis ou especiais), dentre outros. Independentemente da classificação, todo esse universo aquático de esporte e diversão precisa ser devidamente planejado para que seja um ambiente seguro para usuários de todas as idades.
 
O engenheiro químico espe­cia­lizado em piscinas Nilson Maierá – autor do livro Piscinas Litro a Litro (que está na terceira ­edição) – explica que entre as regras estão pisos antiderrapantes no deque e na piscina, marcação de profundidades nas bordas, escadas para entrada e saída dos usuários, cantos arredondados sempre que possível e telefones de emergência para o caso de acidentes. “A ABNT tem se preocupado bastante com a segurança em piscinas, mas suas normas são direcionadas como recomendação e cabem as leis municipais, estaduais ou federais para a efetiva atuação na segurança em piscinas. Certamente, a NBR 10.339/2018 vai servir de base para futuras leis”, acrescenta. 
 
Uma das causas mais frequentes de acidentes em piscinas são os ralos de fundo. Depois de vários problemas provocados por esses componentes, como afogamentos e lesões corporais, os ralos ganharam mais atenção tanto no exterior quanto no Brasil. “A ABNT, através da NBR 10.339/2018, se preocupou muito em evitar acidentes em ralos de fundo e hoje, no Brasil, há várias empresas fabricando ralos de fundo com excelente qualidade, denominados de anti-aprisionamento ou anti-hair”, afirma. 
 
O engenheiro acentua que, apesar de não haver leis ­específicas no Brasil para este componente presente em todas as piscinas, arquitetos, projetistas e construtores devem usar o bom senso para evitar acidentes. Além disso, os usuários – em especial as crianças – devem ser orientados a tomar muito cuidado com os ralos. No livro, o engenheiro descreve em detalhes os tipos de ralos e de acidentes, assim como os sistemas de segurança existentes.
 
 
Afogamentos ainda preocupam em todo o mundo
 
Apesar de todas as campanhas de conscientização, os afogamentos em piscinas continuam entre as maiores causas de mortes acidentais de crianças de 1 a 5 anos no Brasil e em várias partes do mundo. O afogamento nesta idade pode ocorrer, inclusive, em baldes e bacias, por isso, é fundamental que os adultos responsáveis por crianças pequenas tenham conhecimento da dinâmica desse tipo de acidente: se ficar submersa por apenas dois minutos a criança já poderá perder a consciência e, após quatro minutos embaixo da água, podem ocorrer danos irreversíveis ao cérebro. 
 
O engenheiro Nilson Maierá acrescenta que, para cada afogamento, ocorrem sete ou mais "quase-afogamentos", muitos acompanhados de sequelas graves. Para evitar essas tragédias, é fundamental que os adultos responsáveis mantenham uma supervisão constante e eficaz, mesmo para crianças que tenham algum conhecimento de natação. 
 
O uso de boias como auxiliar para crianças de baixa idade também não é recomendável. 
 
Muitas medidas paliativas podem ajudar a evitar acidentes, como a instalação de cerca ao redor da piscina e o uso de capas de segurança ou de alarmes. Para o especialista, as grades de proteção constituem a maneira mais efetiva de proteção contra afogamentos. 
 
No entanto, para ser segura, a grade deve ter altura superior a 1,10m, vãos inferiores a 10cm para a criança não passar e portão de acesso à piscina com alarmes ou trancas que só possam ser acessadas por adultos. Os alarmes podem ser classificados em três tipos: 
 
de superfície ou sub-superfície, de uso pessoal e de raios infravermelhos. “Se essa for a opção, é necessário um projeto muito bem feito, e piscinas maiores ou em formatos diferenciados exigem um número maior de alarmes. O inconveniente é que o espaço fica sujeito a alarmes falsos devido a ventos e tempestades e o acionamento leva alguns segundos, o que não é uma situação vantajosa”, ressalta o engenheiro.
 
Outra opção é o uso de um sensor semelhante a um relógio, que fica preso no pulso da criança de maneira que não possa retirar sozinha. Tão logo a criança caia na água, o sensor envia um sinal para uma central e o alarme é disparado. “Uma central pode ser acionada por vários sensores colocados em várias crianças, o que constitui uma vantagem e é ideal para complexos aquáticos de hotéis”, sugere. Raios infravermelhos colocados em volta da piscina – similares aos usados em museus para proteger obras de arte – também poderiam ser uma alternativa de segurança. Esses raios infravermelhos ficam colocados em duas alturas diferentes, sendo os mais baixos para proteger animais e os mais altos para proteger as crianças. Segundo o engenheiro Nilson Maierá, a grande vantagem deste tipo de alarme é seu acionamento antes de a criança cair na piscina.
 
 
Todo cuidado para evitar traumas físicos
 
Entre crianças mais velhas e adolescentes, o risco mais importante nos ambientes aquáticos envolve quedas e lesões traumáticas que podem provocar desde contusões, escoriações e hematomas até fraturas, traumatismo craniano e lesões em órgãos internos. Estatísticas indicam que apenas 25% deste tipo de acidente ocorrem em piscinas – 75% acontecem em rios, lagos e no mar – e, destes, 90% é resultado de queda ou mergulho na borda. “Segundo estatísticas, 90% das vítimas de lesão medular por mergulho têm entre 10 e 25 anos”, lamenta o engenheiro Nilson Maierá. Dados do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo (IOT-USP) indicam que o mergulho em águas rasas é a quarta causa de lesão medular no Brasil, mas assume a segunda colocação no período de verão. 
 
Para diminuir esse risco nos ambientes residenciais, o projeto deve contemplar deques não escorregadios, piscina e deques sem protuberâncias, marcação de profundidade nas bordas e, principalmente, educação dos adolescentes quanto aos perigos. Nas piscinas comerciais, a grande maioria com salva-vidas, o problema de acidentes traumáticos com adolescentes praticamente desaparece. “Correrias, brincadeiras perigosas, mergulhos acrobáticos, salto de árvores e, às vezes, mergulhos em baixas profundidades estão entre as principais causas desses acidentes totalmente evitáveis. Além disso, piscina e bebida alcoólica não combinam, e o mesmo vale para o uso de drogas. Também é recomendável fazer uma pausa entre uma refeição e o uso da piscina”, orienta o engenheiro.
 
 
Choque elétrico e riscos químicos
 
A melhor maneira de evitar choques na água é seguir todas as normas quanto à segurança elétrica em piscinas, com projetos e instalações desenvolvidos por empresas conhecedoras dos potenciais perigos e uso de baixa tensão nos equipamentos fixos, como iluminação subaquática e disjuntores residuais. “Sempre que houver energia elétrica na piscina ou no seu entorno existe perigo de choque elétrico. Devemos lembrar que os usuários estão com pouca roupa, descalços e, na maioria das vezes, molhados, condições favoráveis a um choque elétrico”, adverte o engenheiro Nilson Maierá. 
 
Os produtos químicos para tratamento das piscinas também podem trazer alguns riscos para os usuários caso não sejam usados da maneira adequada, embora demandem mais cuidados por parte dos tratadores. “Misturas de produtos químicos incompatíveis como, por exemplo, cloro líquido e ácido muriático, formam gás cloro que pode ter efeito devastador se chegar na piscina. Já presenciei este fenômeno”, alerta. Já nas piscinas cobertas, o efeito negativo nos usuários pode ser mais evidente devido à formação de tricloraminas e trihalometanos, gerados devido à presença de compostos orgânicos na água que passa pelo processo de cloração. 
 
Os trihalometanos, compostos formados por um átomo de carbono, um de hidrogênio e três de halogênio (cloro, bromo, iodo), são considerados potencialmente carcinogênicos e sua presença na água deve ser evitada. Já as tricloraminas são produzidas como resíduo da reação entre os compostos de cloreto e nitrogênio. Se ficar concentrada em áreas com má ventilação, os usuários poderão ter irritação nos olhos e nas membranas mucosas, e a exposição por longos períodos pode levar a sintomas de asma. “Deve-se sempre tomar cuidado com produtos formados na água que evaporam e vão para o ambiente, especialmente em piscinas cobertas. Esses produtos químicos podem ocasionar problemas imediatos ou em longo prazo”, acrescenta o engenheiro.
 

 







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