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BLOG 5/11/2024


Esporte é estímulo positivo no autismo
Atividades esportivas trazem inúmeros benefícios para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista
 
 
Dados divulgados em 2023 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Center of Diseases Control and Prevention – CDC), órgão do governo dos Estados Unidos, revelam que a prevalência do transtorno do espectro autista (TEA) naquele país é de 1 caso para cada 36 crianças. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que mais de 70 milhões de pessoas vivam com TEA, com incidência maior em meninos – relação de quatro meninos para uma menina. No Brasil, considera-se que 1% da população tenha o Transtorno, o que corresponde a mais de 2 milhões de indivíduos. O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta principalmente a capacidade de interação social, a comunicação e o comportamento. Dentre as várias ações desenvolvidas para melhorar o comportamento, a coordenação e as habilidades motoras de crianças com o transtorno, um destaque é a prática de esportes, incluindo a natação. 
 
De acordo com o profissional de Educação Física, pesquisador e palestrante Tiago Toledo, que trabalha com TEA desde 2005, a prática esportiva atua como um estímulo importante no tratamento de crianças e jovens no espectro autista. Por meio das atividades, desenvolvem as potencialidades motoras, físicas e emocionais e, com isso, conseguem vencer as próprias dificuldades. Além disso, melhoram a autoconfiança, a interação com outras pessoas e até mesmo a comunicação. “Comecei a estudar o autismo no início da minha carreira, ainda como estagiário em uma escola de natação. Um dos alunos era uma criança de quatro anos que não falava, andava na ponta dos pés e tinha comportamentos repetitivos, e aquilo me chamou muito a atenção. Com o tempo, presenciei como a natação impactou a vida dela e, a partir daí, comecei a estudar o autismo para compreender suas características e tentar dar um atendimento de excelência”, relata.
 
 
Dentre os benefícios da prática de esportes por crianças e adolescentes com TEA, o professor destaca melhora das funções cognitivas, da atenção e do equilíbrio, maior habilidade motora, condicionamento físico, interação social, autoestima e independência, além de incentivar o momento de brincar.
 
Os esportes impactam de diversas formas como, por exemplo, na melhora na coordenação motora e, consequentemente, nas habilidades motoras. E a estimulação motora estruturada e ministrada vai oferecer muitos benefícios na área motora, cognitiva e social. “Muitas vezes, essas pessoas não se engajam em jogos, brincadeiras e esportes por não terem o repertório motor, além de não compreenderem as regras”, avalia Tiago Toledo, que também é especialista em Psicomotricidade e desenvolve programas de exercícios físicos e esportes com foco no Transtorno do Espectro Autista em parceria com equipes multidisciplinares no Brasil e no exterior. 
 
A melhora da aptidão física é outro fator que impacta muito na vida dessas crianças e adolescentes, porque a prevalência do sedentarismo é alta entre indivíduos dentro do espectro autista. “A partir da melhora na aptidão física, com o tempo os alunos não ficam mais cansados com atividades que, antes, não conseguiam fazer”, enfatiza. Além disso, um programa de esportes estruturado por profissionais capacitados e alinhado com as demais terapias pode melhorar muito a comunicação, a compreensão de regras e a troca de turnos, assim como o compartilhamento da atenção e dos materiais, benefícios que fazem muita diferença na vida do indivíduo com TEA. 
 
 
ESPORTE IDEAL
 
Para o especialista, o esporte ideal para o autista – assim como para qualquer pessoa – é aquele que o indivíduo mais gosta ou mais chama atenção. Também é importante lembrar que não adianta colocar a criança ou o adolescente em um esporte em que o ambiente seja desafiador e o profissional seja despreparado pois, neste caso, não haverá benefício e será frustrante para o praticante e para a família. 
 
Tiago Toledo enfatiza a fundamental importância do profissional de Educação Física na inclusão dessas crianças, porque o esporte é uma excelente ferramenta para a inclusão e para formar pessoas para a sociedade. Para isso, o profissional tem de se preparar para trabalhar com estratégias que incluam essas pessoas, sempre respeitando as suas características e necessidades. “Outro papel do profissional é conscientizar as outras crianças sobre as deficiências, porque o ser humano tende a excluir aquilo que não compreende”, reforça.
 
 
NATAÇÃO TEM PAPEL CRUCIAL
 
Em geral, crianças com transtorno do espectro autista gostam muito das atividades em ambiente aquático. Além de a água e a pressão que exerce trazerem uma sensação sensorial muito boa, sendo prazerosa, as aulas de natação para essas crianças e esses adolescentes promovem diversos benefícios físicos como, por exemplo, trabalham o tônus muscular e ajudam a fortalecer o aparelho cardiorrespiratório. Outro fator importante é da segurança, uma vez que a falta de noção dos perigos de muitas crianças com autismo leva ao afogamento em represas, lagos, piscinas e praias. 
 
Assim, a natação é um dos esportes mais recomendados. Segundo o profissional de Educação Física Tiago Toledo, o foco das aulas de natação deve ser sempre entender as dificuldades de cada praticante a fim de trabalhar mais cada ponto, porém, respeitando limites e explorando outras habilidades. “Por exemplo, caso o aluno saiba mergulhar melhor, devemos estimular essa característica ao máximo. Não são raros os casos de crianças com autismo que, ao longo do tempo, passam a nadar incrivelmente bem. Por isso, nas minhas aulas de natação para crianças com TEA não existe uma receita de exercícios”, acentua. 
 
Outro fator importante neste ponto é que muitas crianças trabalham melhor com instruções visuais e com instruções verbais bem objetivas. Também é mais indicado procurar um ambiente livre de barulhos e grandes ruídos que, muitas vezes, podem causar incômodo e dificultar o aprendizado. “Para muitos alunos com TEA, as aulas de natação devem ser mais individualizadas, inclusive com a presença da mãe no ambiente, no início, até que a criança se sinta segura e à vontade com o professor. Depois, aos poucos, vamos tentando inseri-la em uma turma com outros alunos”, pontua Tiago Toledo.
 
A regularidade das aulas também depende de cada aluno, mas, pela sua experiência, o educador fisíco sugere três vezes por semana, dependendo da intensidade – no entanto, a estimulação também deveria acontecer no ambiente com os pais. Em relação à melhor idade para começar a nadar, não existe um consenso sobre o tema. Enquanto alguns especialistas indicam iniciar o esporte antes ou a partir de seis meses, outros preferem esperar pelo menos até os dois anos. “Como cada caso tem suas particularidades, indico sempre que os pais conversem com o pediatra antes de iniciar a natação, já que pode haver outras questões de saúde envolvidas, como alergias, por exemplo”, orienta.
 
 
OUTROS ESPORTES
 
Além da natação, outros esportes frequentemente citados em pesquisas relacionadas ao tratamento de crianças com autismo são futebol, basquete, esgrima, escalada indoor, hipismo, ginástica artística, judô, karatê, tae kwon do, golfe e até mesmo o rugbi. Tiago Toledo afirma que muitos estudos também vêm provando que os esportes ajudam a diminuir a estereotipia em crianças com TEA – aquela repetição de movimentos como balançar as mãos ou bater os pés, por exemplo, típica do transtorno. 
 
“O gradual desenvolvimento na comunicação que vem junto com as práticas esportivas, em conjunto com uma equipe multidisciplinar, também pode proporcionar mais tranquilidade em crianças consideradas ‘agressivas’ pois, em geral, são mais agitadas pelo fato de não conseguirem se expressar da forma adequada”, acredita.
 
 
FIQUE SABENDO!
 
De acordo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) da Associação Psiquiátrica Americana, os níveis do autismo são classificados com base na necessidade de suporte. Assim, o nível 1 requer apoio; o nível 2 exige apoio substancial e o nível 3 demanda muito apoio substancial na comunicação social e nos comportamentos restritivos e repetitivos. “Pessoas com o nível 3 de suporte têm dificuldades graves e déficit severo de comunicação, poucas interações sociais, alguns comportamentos repetitivos e grande estresse ao serem solicitadas a mudarem de tarefa”, explica Tiago Toledo. 
 
 
 OS SINAIS MAIS COMUNS DO TEA 
 
  • Atraso anormal na fala.
  • Não responder quando chamado e demonstrar desinteresse com pessoas e objetos ao redor.
  • Dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, preferindo sempre fazer tarefas sozinho.
  • Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais.
  • Dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência.
  • Falta de filtro social (sinceridade excessiva).
  • Incômodo diante de ambientes e situações sociais.
  • Seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos.
  • Apresentar movimentos repetitivos, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvidos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular de forma repentina, reorganizar objetos em fileiras ou em cores.
  • Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excêntricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas e números, entre outros.
  • Ter problemas gastrointestinais.
  • Muita ansiedade.
  • Alguns autistas podem manifestar acessos de raiva, hiperatividade, passividade, déficit de atenção, dificuldades para lidar com ruídos, falta de empatiadiante determinadas situações e aumento ou redução na resposta à dor e a temperaturas.
 

fonte: https://bvsms.saude.gov.br/transtorno-do-espectro-autista-tea-autismo

 
 
Fonte: Revista Pool-Life Ed.94
 

 


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