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BLOG 20/5/2020


Natação Natural: aprender a nadar brincando de imitar os animais 
autor: Prof. Dr. Marcelo Barros de Vasconcellos
 
 
Que a natação é benéfica todos sabem, mas o ato de nadar para muitos é solitário, repetitivo e monótono. Será que para os animais o deslocamento na água é chato? Provavelmente não.
 
A leveza com que os peixes nadam, o golfinho salta, a baleia jorra água e bate com a calda, o jacaré desliza, o leão marinho movimenta, o pinguim mergulha, o pato flutua, a rã se desloca, o tubarão acelera e o boto afunda demostra, um pouco, o quanto a água pode ser explorada.  
 
Pensando no prazer de nadar foi criado o método denominado natação natural, que é uma forma lúdica e extremamente motivadora que ensina a nadar se utilizando dos modelos desenvolvidos durante milhões de anos de evolução, pelas distintas espécies animais. Para os professores de natação iniciantes, a natação natural pode ser um valioso subsídio para o planejamento das aulas e, para os experientes, uma forma válida de “arejar” seus conteúdos e técnicas. 
 
Como criador do método “natação imitando os animais” afirmo que quanto maior for as experiências vividas no meio líquido, melhor será o desenvolvimento psicomotor e transferência para os quatro estilos de natação: nado livre (também conhecido como crawl), nado de costas, nado borboleta e nado peito. A natação natural oportuniza vivências corporais novas no meio líquido utilizando animais como referência, buscando, por meio de uma variabilidade de prática, uma adaptação ao meio líquido mais rápida e prazerosa, oferecendo uma melhora do desenvolvimento psicomotor. 
 
A ideia é que a aquacidade do aluno (nível de adaptação que lhe permite segurança e autonomia no meio líquido) seja melhorada de forma lúdica e não com uso de prancha, macarrão e outros equipamentos flutuadores que fornecem uma falsa segurança no meio líquido. A natação natural utiliza apenas o corpo para se movimentar na água por meio de imitação dos gestos dos animais. 
 
Existe um estilo natural para cada nadador, conhecendo seu próprio corpo e sabendo como usá-lo na água, ele será capaz de executar a maioria dos movimentos de forma natural, podendo desta forma superar suas deficiências e limitações.
 
O homem passou nove meses no meio líquido e nos primeiros meses de vida fora d’água ainda tem movimentos de reflexo natatório, que são os movimentos que os bebês fazem se forem colocados na água, gestos estes que se parecem com movimentos do nado cachorrinho, batendo pernas e braços instintivamente. Esse reflexo diminui e todo ser humano precisa reaprender a ficar sozinho no meio líquido. 
 
Daí a necessidade do homem, provavelmente ao seu alto espírito de imitação, de procurar adquirir a possibilidade de se locomover na água, imitando os movimentos e atitudes dos animais que, por natureza, gozam desta faculdade de se movimentarem naturalmente no meio líquido.
 
É possível que, o homem antigo, observando os animais atravessarem rios e lagos, com leveza e suavidade, os tenha copiado e aprendido a ficar mais tempo dentro d’água, deslocando-se e banhando-se com segurança. Dados da história da natação demostram que, na Europa, o nado mais usual nasceu da observação da forma com que a rã executava os seus movimentos e disto resultou o nado de peito primitivo.
 
Quanto à relação animal, natação propriamente dita, aparece explícita na nomenclatura de um dos estilos disputados nas competições; o nado golfinho, dada à semelhança aos movimentos ondulatórios deste animal, também conhecido como nado borboleta, dada à semelhança aos movimentos das asas desse inseto (trajetória da braçada antiga).  
 
Um grande diferencial é que para aprender um nado ele vai demorar alguns meses, já para a natação natural é que o aluno iniciante já sai da 1º aula nadando e brincando com os animais. Alguns exemplos: o tubarão, colocando as mãos na cabeça; o cachorrinho, se deslocando com a cabeça fora d’água; a rã, com a pernada com pés para fora; o jacaré, abrindo os olhos grandes embaixo d’água; o golfinho, dando mergulho e ondulando; o escorpião, deslocando um pé fora água; a estrela do mar, com braços e pernas afastados flutuando; o siri, se deslocando de lado; a hiena, se deslocando sorrindo; o morcego, ficando de cabeça para baixo com a mão no fundo; o peixe vivo, com movimento de pernas; o peixe espada, com as mão para frente; a preguiça, com movimento bem lento;  o canguru, pulando em pé; a tartaruga dentro do casco, abraçando as duas pernas; o avestruz, afundando a cabeça na água; o beija flor, com movimento rápido sem colocar os pés no fundo ou um dos outros setenta animais proposto pela natação natural. 
 
 
Qual idade para uma criança iniciar na natação?
 
A literatura da área tem sugerido seis meses para início com a justificativa da criança já ter tomado a maioria das vacinas, contudo é preciso respeitar o princípio de individualidade biológica. Seis meses não é regra. Existem crianças que podem começar antes e outras depois.
 
Deve-se levar em consideração experiência do professor e a característica do local onde será realizado a aula. A piscina é exclusiva para os bebês? Se for, não há problemas para início aos seis meses, caso contrário, de nove meses a 1 ano, pois piscinas coletivas não tem o controle de cloro e pH tão eficientes quanto as piscinas exclusivas para bebê. Outro aspecto é a experiência do professor com bebês. As aulas de bebês podem ser individuais, coletivas com o responsável ou coletivas com estagiários/professores. A recomendação é que os pais verifiquem como é no local onde pretende colocar seu filho e quem sabe fazer uma aula experimental. 
 
A aula de natação começa no banho em casa. A familiarização com a água no chuveiro: olhos abertos, brincar com a água, colocar água na boca e “cuspir”, não aspirar, não beber. Isso vai ajudar nas aulas. Transforme o banho em uma atividade lúdica, interativa, espontânea, diversificada e prazerosa. 
 
 
Qual a sequência pedagógica da natação natural?
 
O ritmo da aula é sempre demandado pela individualidade de cada aluno e não apenas pelo professor. Assim, busca-se a vivência lúdica de imitação dos animais com a finalidade de adaptar o aluno de forma lúdica, aumentar o seu grau de aquacidade e monitorar sua evolução nas primeiras aulas com as ações didáticas:
 
  •  do mais simples para o mais complexo;
  •  do mais importante para o menos importante;
  •  do mais seguro para o menos seguro;
  •  do mais raso para o mais fundo;
  •  do mais fácil para o mais difícil;
  •  do mais leve para o mais pesado;
  •  do mais baixo para o mais alto.
 
Sugestões de leitura: Livro Natação Natural
 

 

Sobre o autor

 
 Marcelo Barros de Vasconcellos
 
Marcelo Barros de Vasconcellos
 
Marcelo Barros de Vasconcellos é Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Especialista em Atividades Aquáticas, Mestre em Saúde Coletiva, Doutor em Nutrição, autor dos livros Natação Monitorada e  Hidrovariações.
 

 

 

 



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