AMBIENTE SEGURO EM TEMPOS DE COVID-19

Revistas Edição 84

AMBIENTE SEGURO EM TEMPOS DE COVID-19

Coronavírus deve ser levado a sério e população precisa ter responsabilidade para evitar o contágio e a disseminação do vírus

Descoberto em dezembro de 2019 após vários casos registrados em Wuhan, na China, o coronavírus (SARS-CoV-2) levou o mundo a uma pandemia em menos de três meses. Batizada de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença já havia causado a morte de mais de 137 mil pessoas em todos os continentes (até o fecha¬mento desta edição) e, por isso, o planeta segue em alerta. Os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde incluem evitar aglomerações e contato próximo, lavar as mãos frequentemente ou higienizar com álcool gel 70%, usar somente lenços descartáveis e cobrir nariz e boca com o braço (e não com as mãos) ao espirrar ou tossir.

Como as aulas foram suspensas e muitas crianças moram em casas com piscina, o ideal é manter os mesmos cuidados, mas não há necessidade de deixar as crianças presas dentro de casa. “O vírus não se propaga em água, portanto, o uso de piscinas pode ser liberado, especialmente em locais onde não há aglomerações. Os cuidados na piscina devem ser os mesmos dos outros ambientes, pois o espaço de lazer não é desfavorável e não aumenta o risco”, garante o médico pediatra e infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza¬ções (SBI). Embora não seja prejudicial em razão do coronavírus, a exposição solar deve ser cuidadosa, sempre com uso de filtro com fator de proteção adequado e evitando os horários mais quentes do dia.

A época em que os vírus que causam doenças respiratórias mais se proliferam é o outono-inverno. Por isso, os brasileiros precisam ficar ainda mais atentos neste período do ano em que há mais riscos de transmissão. “Ainda não temos experiência com o coronavírus, mas o início da circulação na China foi no inverno. No entanto, a Europa já está na primavera e os casos têm aumentado, o que nos leva a crer que não seja um vírus exclusivo do frio. Mas ainda precisamos observar mais”, ressalta o pediatra Renato Kfouri. O médico enfatiza que o Brasil dispõe de vacina contra o vírus Influenza, que causa gripe, e todos devem ser imunizados durante a campanha nacional de vacinação, especialmente idosos e profissionais da saúde.

Os cuidados em casa ou nas áreas de lazer residenciais devem os mesmos recomendados pela OMS: etiqueta da tosse (tossir no cotovelo e não nas mãos); se estiver doente evitar sair de casa e, se necessário, usar máscara; evitar tocar olhos, boca e nariz, que é por onde ocorre a contaminação. Além disso, todos devem ter atitudes que mantenham a saúde em dia, praticar atividades físicas – neste momento em locais sem excesso de pessoas –, alimentar-se corretamente, dormir o suficiente para o corpo descansar, estar com as vacinas em dia e controlar as doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, para que uma eventual contaminação não descompense a enfermidade de base. “Lembrando que a epidemia atinge principalmente os idosos, que precisam ser poupados da exposição ao vírus, assim como quem tem doenças crônicas”, enfatiza o médico. Os trabalhadores de condomínios e tratadores de piscinas podem continuar exercendo suas atividades normalmente, desde que tomem cuidado ao usar o transporte público, pois a recomendação do Ministério da Saúde para trabalhar em casa é para profissionais que atuam em ambientes fechados.

Fique sabendo

Não há evidências de que o coronavírus possa ser transmitido aos seres humanos através do uso de piscinas e banheiras de hidromassagem (spas). A operação, manu¬tenção e desinfecção adequadas (por exemplo, com cloro ou outros desinfetantes) de piscinas e banheiras de hidromassagem devem remover ou inativar o vírus que causa a Covid-19.

Fonte: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/php/water.html

O QUE FAZER

• Lave as mãos!

• Use álcool gel (70%), sempre que não estiver perto de um local para lavar as mãos.

• Siga orientações de fontes confiáveis e não divulgue notícias sem certeza da fonte. O conhecimento sobre a doença está em evolução e alguns conceitos mudam rapidamente.

• Evite aglomerações: não é hora de passear no shopping, ir ao aeroporto, viajar sem real necessidade ou fazer visitas.

O QUE NÃO FAZER

• Não cumprimente com beijos e abraços. Evite, inclusive, aperto de mão.

• Deixe os idosos em casa, não visite recém-nascidos, pessoas submetidas a cirurgias e enfermos.

• Controle o hábito de colocar a mão no rosto, nos olhos e na boca.

• Não divulgue fake news, tratamentos milagrosos ou números que assombrem. Acompanhe as notícias no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br).

• Não faça estoque de comida e material de higiene: desabastecer o mercado só piora a situação da populacão.

• Não deixe de se vacinar contra outras viroses. Lembre-se: um indivíduo com coronavírus infecta três pessoas saudáveis; um indivíduo com H1N1 infecta dois saudáveis e um indivíduo com sarampo infecta 15 pessoas não vacinadas.

Revista Pool-Life - Abril 2020