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Revistas Edição 84

Piscina e Segurança


ÁGUA E ELETRICIDADE NÃO COMBINAM
Choques elétricos fatais vitimaram 4,3 mil pessoas nos últimos sete anos no Brasil, e parte desses eventos ocorreram em rios, lagos, açudes e piscinas
 
 
No início deste ano, três pessoas morreram no Piauí após sofrerem descarga elétrica: em dois casos, as vítimas estavam em contato com a água de piscinas. Em 2019, dois adolescentes também morreram depois de um choque elétrico em piscinas no Estado de Pernambuco. Embora o Brasil não tenha dados estatísticos sobre esses eventos fatais, especialistas afirmam que acidentes relacionados às instalações elétricas em piscinas são relativamente comuns. Por isso, todo cuidado é pouco para evitar esse tipo de tragédia. 
 
Dados do Anuário Estatístico Brasileiro de Acidentes de Origem Elétrica 2020 – ano base 2019, da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), indicam que os choques lideram o ranking de acidentes de origem elétrica no País. No último ano foram registrados 909 casos de choques, com 697 mortes. De 2013 a 2019, 4.355 pessoas foram vitimadas por choques elétricos fatais no Brasil, o que significa 1,7 morte/dia. 
 
Só entre as crianças e adolescentes (de 0 a 15 anos) foram 439 mortes, e os adultos jovens (de 21 a 40 anos) representam quase a metade do total de vítimas fatais. O que chama a atenção no anuário 2020 é que 24 acidentes ocorreram em rios, lagos e açudes, e 49 foram em chácaras e sítios, locais que costumam ter piscinas. 
 
A engenheira eletricista Michele Rodrigues Hempel Lima, professora de Instalações Elétricas no curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário FEI, explica que a intensidade de corrente durante um choque com o corpo molhado é maior do que em condições secas, devido à redução da resistência elétrica do corpo humano e pelo fato de a água ser um excelente condutor de eletricidade. No entanto, a intensidade do choque e a gravidade dependerão da intensidade da corrente, do tempo de exposição, da frequência e do percurso da corrente no corpo, além da sensibilidade individual (veja quadros).
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS DEVEM SER RIGOROSAMENTE SEGUIDAS
 
A NBR 10339 (Piscina – Projeto, execução e manutenção) estabelece diretrizes para a instalação de casa de máquinas, sistema de bombas e filtragem em piscinas. Entre as regras, o sistema deve ser de fácil acesso e com entrada livre e sem equipamentos, além de ser iluminado para facilitar a visualização. Já as bombas devem ser instaladas a uma distância máxima de seis metros da piscina. O sistema de aterramento é outro ponto de atenção, porque direciona a fuga de corrente para a terra, evitando o choque. Para isso, o mesmo precisa apresentar resistência elétrica menor que a do corpo humano, tornando-se mais atrativo para a passagem da corrente. 
 
A engenheira eletricista Michele Rodrigues explica que é importante aterrar todas as massas metálicas da casa de máquinas e bombas. O aterramento corretamente instalado propicia o perfeito funcionamento dos dispositivos DR (diferencial residual), que protegem as pessoas e os animais contra os efeitos do choque elétrico, por contato direto ou indireto, e dos demais dispositivos de proteção.  “Quando as piscinas são instaladas a céu aberto é necessário, também, instalar um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) para direcionamento dos raios para a terra”, ensina. 
 
Também é fundamental utilizar materiais de qualidade certificados junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Além disso, nas instalações externas ou com incidência de água é interessante optar por cabos com proteção mecânica adicional, que possuem dupla camada de isolamento/revestimento e, nas emendas e conexões, utilizar fitas de autofusão que formam um corpo isolante, se possível, em generosas camadas. A manutenção periódica dos equipamentos também ajuda na prevenção de acidentes.
 
No caso de piscinas iluminadas, é fundamental utilizar a tecnologia dispo¬nível para promover a segurança dos usuários como, por exemplo, cabeamento¬ de fibra ótica (que transporta luz), reduzindo o contato com a energia elétrica. Com a fibra ótica não é necessário instalar outra fonte de alimentação na piscina, e é possível deixá-la escondida na sala de máquinas. Como os cabos óticos não levam qualquer tensão para a água, apenas luz, o uso reduz totalmente o risco de choques. “Utilizar lâmpadas de LED que apresentam menor potência e, consequentemente, menor corrente elétrica, é outro fator para manter a segurança nas piscinas”, reforça a engenheira. 
 
Desde que foi criada, em 1980, a norma brasileira NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão recomenda, para piscinas públicas e privadas, a instalação de luminárias de material isolante e proteção contra penetração de água, assim como transformadores localizados em locais não inundáveis. As normas internacionais ISO 97.220.10 – Sports Facilities (Including swimming-pools, Spas, solaria, sports fields, running-tracks) e IEC 60598-2-18 – Luminaires for swimming pools and similar applications também estabelecem critérios de segurança.
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE
 
No artigo Instalações elétricas em piscinas  – Aspectos de segurança o engenheiro eletricista e de segurança Ricardo Pereira de Mattos lembra que acidentes elétricos na piscina podem ser evitados se as recomendações técnicas existentes forem devidamente cumpridas. As normas técnicas nacionais para as instalações elétricas são equivalentes às normas internacionais, portanto, a comunidade técnica brasileira pode ter acesso às melhores práticas em língua portuguesa. “O cumprimento dessas recomendações permitirá que o projeto esteja compatível com os requisitos adotados internacional¬mente para instalações em piscinas. Cabe aos projetistas analisarem cada influência externa prevista nas normas, identificar as que se aplicam àquela piscina e selecionar os requisitos específicos que deverão ser obedecidos. Isso diz respeito tanto ao aspecto conceitual do projeto quanto à escolha dos componentes e ao método de instalação”, acentua no artigo. 
 
 
Recomendação da norma brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão NBR-5410
 
1. Utilizar luminárias que sejam fabricadas com material isolante (material plástico sintético que não conduz corrente elétrica);
 
2. Utilizar luminárias que apresentem proteção contra penetração de água (blindadas, com grau de proteção IP65);
 
3. Utilizar baixa tensão para alimentação subaquática, em torno de 12V;
 
4. Caso seja necessário transformadores e/ou fontes de energia, os mesmos devem ser instalados em local anexo, não inundável;
 
5. Utilizar dispositivo diferencial residual (DR) para evitar choque elétrico por fuga de corrente.
 
 
FIQUE SABENDO!
 
  • O Brasil está entre os 10 países que mais consomem energia no mundo – mais de 472 TWh (Terawatt-hora) em 2018 – de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
  • Segundo  o anuário 2020 da Abracopel, o Nordeste é a região que mais registra óbitos por choques elétricos no País pelo quarto ano consecutivo, com 41% do total. 
  • O choque elétrico é a passagem de uma corrente pelo corpo, que se transforma em um condutor elétrico. Essa condução de corrente varia de acordo com a intensidade de volts com que a pessoa é submetida no choque e pode gerar apenas um susto, uma fibrilação cardíaca ou a morte.
  • O choque elétrico pode ser causado por acidentes como o contato direto com fiações elétricas domésticas ou públicas, áreas energizadas em decorrência de alguma fonte de energia mal isolada ou pelo contato direto com uma pessoa que está recebendo uma descarga elétrica.
  • As causas dos acidentes com eletricidade, na maioria das vezes, ocorrem por desconhecimento ou negligência aos princípios fundamentais sobre os fenômenos elétricos.
 

 

 


Revista Pool-Life - Abril 2020

 







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